Pulgas na Rede

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domingo, 28 de outubro de 2012

Com As Pulgas atrás da orelha!

Nada como uma questão semântica para se voltar à vida.

E nada também poderia motivar mais a escrita deste blog do que o movimento pré-eleitoral, o andamento e, finalmente, a conclusão destas eleições 2012 em todo Brasil. Porém, como sempre prometi a mim mesmo nunca tomar partido de nenhum partido (opa, a expressão já era implícita, hehe), me resta dissertar - ou narrar - um pouco só de maneira ampla sobre algumas questões que considero pertinentes.

"Não consigo entender esse povo que...". É, meu caro, sinto informá-lo que sua análise ou seja lá o que for já começou condenada. Primeiro que, se você não consegue entender, é interessante primeiro observar e aprender pra depois questionar. E depois, que em se tratando de movimentos sociais democráticos de nossa querida província nomeada República Federativa do Brasil, esse "povo" ao qual você se refere é um povo que você faz parte - felizmente, ou infelizmente.

E falando em "infelizmente" - mas o que também é bom para o seu crescimento e aprendizado - isso também nos deixa de mãos atadas para criticar certas coisas. Até porque sabemos o quanto brasileiro é bom músico, médico, técnico de futebol, cientista político, barman e por aí vai uma lista de afinidades interpessoais que acabam levando indefinidamente a discussões de "mesa de bar" que, com ar de irrelevância, servem apenas para destruir as pontes entre os relacionamentos pessoais.

O fato é que você, meu caro brasileiro e brasileira, que vem há anos inconformado com a situação política do seu país-estado-município... Se pergunte algumas coisas: Você utiliza transporte público? Se preocupa com a limpeza das vias públicas? Já participou de alguma reunião de Orçamento Participativo de sua regional? Participa pelo menos de alguma reunião estrutural de sua comunidade? Lê o Diário Oficial toda semana pra ficar inteirado das novidades executivas e legislativas do seu estado/país, pra ficar ciente do que vem acontecendo de bom ou de ruim? Pesquisa em fontes não midiáticas sobre os históricos daqueles que você pretende votar, ou daqueles em quem não votaria de maneira alguma? Estuda História do Brasil com senso crítico apurado? Conversa com seus pais-avós sobre os regimes ditatoriais, os golpes e contra-golpes que esse país recebeu, e o cerne que veio a ser a ramificação de vários partidos políticos da nossa atualidade?

Ou você critica política entre um capítulo da novela e o outro, e "dane-se a crítica pseudo-intelectual"? Reflita.

Façamos oposição responsável a tudo que for contra os valores coletivos que satisfazem as necessidades da população, que desintegram o desequilíbrio e que não deixam rastros positivos da hegemonia que tomou conta de muitas capitais nesse nosso Brasilzão.

Boa noite.