Pulgas na Rede

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sábado, 24 de março de 2012

Chico Anysio se vai; Para noooossa alegria, Informação

O tempo passa... E o salário, ó!
Ontem à tarde faleceu, aos 80 anos de idade, Chico Anysio, comediante, humano, cearense, inteligentíssimo, sensível, talentoso. Vai nos fazer grande falta, principalmente nessas épocas que todo mundo precisa mais rir do que acontece à nossa volta...

Estas primeiras linhas do post ficam em homenagem a este mestre sábio do fazer sorrir. Que a lembrança dele continue nos inspirando a buscarmos o riso, a brincadeira, o não levar a vida tão a sério e a felicidade. E que, com esses sentimentos, possamos contribuir para um mundo melhor...

Enfim... Depois que passou o choque não tão surpreendente, apesar de não menos infeliz; Chico Anysio já vinha frequentando os hospitais sempre com baixas em seu organismo; comecei a prestar atenção, meio sem querer mesmo, em algumas peculiaridades de nossos sistemas de informação.

Porém, algumas coisas serão eternas.
Chico Anysio faleceu às 14:52, e às 15h praticamente todo o meu Feed de Notícias do Facebook e do Twitter já estavam infestados de notícias, mensagens de pêsames e compartilhamentos referentes ao acontecido. Oito minutos e a notícia se espalhou de maneira viral por todas as páginas pessoais. Somente cerca de 5 minutos depois, o modelo virtual da Folha de São Paulo exibiu a notícia oficialmente. Dêem um clique na matéria pra ler um pouco sobre a trajetória do Chico, vale bastante a pena. Não vou exatamente comentar que achei a velocidade de postagem da Folha, dado o conteúdo da matéria, um tanto quanto de mau gosto... Muita informação editada pra 10 minutos de preparo, se é que me entendem.

Mas o grande lance da questão foi a velocidade da comunicação. O século XXI é o século da informação. É REALMENTE o século da informação. E tem MUITA coisa que está mudando, que já mudou e que vai mudar, e exponencialmente, graças às ferramentas que surge a cada dia. A cada dia? Não, hoje a velocidade é muito maior.

Chico faleceu ontem, mas quem precisou comprar o Jornal de hoje pra ficar sabendo da notícia?

Acho que agora temos uma séria divisão na abordagem, desenvolvimento e divulgação das informações. Antigamente a mídia manipulava mais as pessoas. Antigamente era o jornal mesmo, o rádio e a televisão. Veículos um tanto quanto unilterais; a gente ouvia uma notícia, uma informação, um evento ou a opinião de algum comentarista, e apenas processava. O caso às vezes era discutido na hora do jantar, em casa, no bar com os amigos ou, de repente, na sala da aula. Só mesmo quando acontecia alguma coisa muito grave ou absurda, tipo Ditaura ou o Collor mexendo no dinheiro do povo, é que as pessoas realmente se juntavam: "O povo, unido, jamais será vencido!"... E saía as ruas, e fazia-se ter voz.

"Communications Breakdown"
Hoje já transpusemos uma barreira, e pra bem longe. Hoje em dia o exercício da democracia e da liberdade de expressão está evidentemente no ápice. Alguma notícia de última hora? Não é mais o plantão da Globo que avisa. Lembram? Tocava a musiquinha: era desastre! Alguém morreu! Nada... Hoje a coisa se espalha de maneira viral, como já dito, e ninguém sabe de onde veio ou quando começou. E tudo na velocidade de um clique. E a mídia não mais exatamente forma a opinião. Ainda forma, claro, gente sem filtro e senso crítico é igual barata, sempre há de haver, hehehe. Mas hoje... É discutido na rede social. Os compartilhamentos carregam as discussões junto. Todo mundo do mundo todo vê. Alguém twitta. Um vlogger faz o upload de algum vídeo falando sobre o assunto, mostrando sua opinião de maneira mais enfática do que a escrita. Cá estamos nós, num blog, falando sobre esse tipo de coisa, não menos enfaticamente também. São milhares de possibilidades e milhares ramificações das mesmas. Tudo exponencial!

Essa é uma conquista enorme para todas as sociedades, porque com a velocidadade da informação, o conhecimento também é compartilhado. Pensamento científico, pessoas mais estudas e/ou esclarecidas... Ou não, parafraseando infortuitamente o Caetano. Se não são, se não se desenvolvem, creio eu não ser exatamente por falta de oportunidade e possibilidade, porque a acessibilidade digital está bem fácil.

Qual será o futuro, então, de todas essas revoluções tecnológicas de informação? Ontem nós ouvíamos, hoje nós estamos ouvindo, falando e ocasionalmente criando. Amanhã será o contrário. Falaremos, pra depois ouvirmos. Criaremos a notícia. A novidade virá de dentro de um quarto de um kitnet de um prédio minúsculo no centro de uma cidade imensa. Ou de um bate papo em Pindamonhangaba. Os limites estão cada vez menores e as pessoas cada vez mais próximas, muito embora a proximidade virtual esteja um tanto quanto aumentando a distância real entre as pessoas...

Como toda grande ferramenta, cabe a nós, mortais, sabermos como utilizá-la de maneira eficiente, inteligente e benéfica. Quem sabe desse jeito a gente acabe, por tabela, derrubando grandes problemas universais deste século, como a intolerância, a violência e o preconceito. Viva a veiculação de informação em massa, viva o conhecimento e viva às interações virtuais! Para NOOOOOOSSA ALEGRIA*!



*outra situação também absolutamente viral, diga-se de passagem...







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